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Tenho que confessar que dançando no escuro me emocionou, mesmo eu não sendo fã de musicais, o filme mostra a vida simples de Selma que interpretada pela cantora Bjork que mostra-se talentosíssima ao dar vida à personagem, tanto que arrebatou o prêmio de melhor atriz no festival de Cannes e que depois de varias brigas com diretor Von Trie, inclusive uma delas Björk chegou ao ponto de abandonar os sets por duas semanas confessou que nunca mais iria se aventurar no mundo cinematográfico a não ser de forma musical e vale lembrar que dançando no escuro a trilha sonora é toda assinada por ela tanto a composição como as letras. O filme é cru e cruel tal como a vida Selma, uma imigrante checa que mergulha fundo no trabalho para poder ganhar algum dinheiro extra e assim, pagar uma operação para seu filho. Sua única válvula de escape são os filmes musicais que ela vê no cinema, acompanhada da grande amiga Kathy (Catherine Deneuve). Para Selma, os musicais são muito mais que um simples entretenimento. Inspirada por eles, ela cria o seu próprio mundo de sonhos vivendo vários momentos de devaneios durante todo obra, inclusive esses momentos são pontos forte no filme onde até a simples batida cadenciada de uma prensa industrial pode se transformar na base de um hollywodiano número musical. Porém, o universo de Selma está prestes a desabar, tanto o real quanto o imaginário ficamos torcendo pela personagem mesmo que por intuição espectador perceba o fim que a espera. Película é de dar um nó peito, o tempo todo mostrando como a vida é cruel atacando claramente como os E.U.A tratam os imigrantes. Lars Von Trier dirige dançando no escuro de uma maneira fria utilizando de técnicas de filmagens com cores pálidas para dar um tom de crueldade na historia da personagem fazendo valer que a criatividade é uma das coisas mais importantes em um filme, ele próprio tomou a “frente” e operou a câmera em cada cena dando vida ao filme. Fica uma dica os primeiros minutos do filme começa com uma escuridão total que foi colocada propositalmente por Lars, pois o tema do filme é a cegueira.